“Vínhamos em dezembro com indicativos de ter um ano hidrológico bom, mas em janeiro apareceu um fenômeno meteorológico que comprometeu a incidência de chuvas, o que gerou o deficit hídrico”, disse Zimmermann.
Mesmo destacando que setor elétrico brasileiro é um dos mais estruturados do País, ele afirmou que, como a geração está baseada principalmente em hidroeletricidade, a redução do nível dos reservatórios das usinas fatalmente exige a utilização de outras fontes geradoras.
“A partir do momento que o custo da água fica mais alto que o da térmica, nós acionamos as térmicas”, disse ele, destacando que, no caso brasileiro, as usinas térmicas hoje não são emergenciais e nem de reserva.
“Essas térmicas participaram de leilões e assinaram contratados de fornecimento de energia. Ocorre que, em anos de muita chuva, com as hidrelétricas em pleno funcionamento, compensa mais para as térmicas comprarem o excedente das hidrelétricas e repassar para as distribuidoras”, completou.
Mais cedo, questionado por deputados se os consumidores terão de arcar com os custos do socorro às distribuidoras de energia, o secretário afirmou que o País está equilibrado em termos de quantidade de usinas geradoras e de linhas de transmissão de energia e descartou o risco de que os aportes de recursos do Tesouro resultem em aumento de tarifa no próximo ano
Ontem, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou uma mudança na gestão da Conta de Energia de Reserva (Coner) para permitir que parte dos recursos acumulados seja utilizado em socorro às distribuidoras.
A Coner é alimentada com recursos recolhidos mensalmente das próprias distribuidoras e consumidores livres e residenciais.
Zimmermann participa de audiência pública no plenário 14, promovida em conjunto pelas comissões de Minas e Energia; de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; e de Fiscalização Financeira e Controle.
*Informações da Agência Câmara
Foto: Wilson Dias/ABr